TSE da Bolívia não aprova chapa composta por Evo Morales

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O Tribunal Superior Eleitoral da Bolívia (TSE) aprovou, nesta sexta-feira (7), 10 chapas presidenciais para disputar as eleições gerais de 17 de agosto, entre as quais não está incluída a candidatura do ex-presidente Evo Morales, que insiste em participar com um partido que perdeu o status legal.

“Nesse cenário, há 10 forças políticas entre partidos e alianças que estão habilitadas”, declarou o presidente interino do TSE, Óscar Hassenteufel.

Ele especificou que, do total de 3.290 candidatos que inicialmente se inscreveram no órgão eleitoral, apenas 1.180, ou 35,87% do total, foram autorizados a concorrer.

A Aliança Livre, cujo candidato é o ex-presidente Jorge Tuto Quiroga, tem 215 candidatos habilitados de um total de 330 inscritos.

A Aliança Popular, pela qual concorre ao cargo de chefe do Poder Executivo, o presidente do Senado, Andrónico Rodríguez, que era próximo a Evo Morales, tem 87 candidatos habilitados de um total de 249 inscritos.

A Aliança Unidade, o maior bloco opositor que promove a candidatura presidencial do empresário Samuel Doria Medina, tem 230 candidatos habilitados de um total de 348 registrados.

O partido governista Movimento ao Socialismo (MAS) inscreveu 344 candidatos, dos quais 118 estão habilitados, incluindo o candidato presidencial e ex-ministro do Interior Eduardo del Castillo.

Hassenteufel disse que, a partir de sábado, “os partidos políticos podem substituir todos os candidatos que foram inabilitados”.

Ele informou que as próximas eleições nacionais estão “entre as mais complicadas e conflituosas” que o país terá, por isso pediu ao povo boliviano que “elucide” por meios democráticos os problemas que a Bolívia enfrenta.

Entre as dez chapas habilitadas para as eleições não está o Partido da Ação Nacional Boliviana (Pan-Bol), com o qual Morales estava tentando se candidatar novamente, porque a legenda perdeu seu status legal ao não atingir 3% dos votos nas eleições nacionais de 2020.

Apoiadores de Evo Morales protestam e pedem renúncia de Luis Arce

Os protestos de rua que os apoiadores de Morales vêm realizando há duas semanas em La Paz para exigir que ele seja registrado como candidato levaram o TSE a transferir a sessão plenária para a cidade de Santa Cruz, no leste do país, a mais populosa.

Os grupos que apoiam o ex-presidente estão bloqueando rodovias desde segunda-feira com o mesmo objetivo e também exigindo a renúncia do presidente do país, Luis Arce, a quem chamam de “traidor” e consideram responsável pela crise econômica.

Morales, que governou a Bolívia por três mandatos, insiste em ser candidato, apesar do fato de o Tribunal Constitucional Plurinacional (TCP) recentemente ter ratificado que a reeleição na Bolívia é permitida “apenas uma vez continuamente”, sem a possibilidade de um terceiro mandato.

O ex-presidente perdeu a liderança do MAS, partido que fundou e dirigiu por quase 30 anos, em meio a disputas com Arce desde o final de 2021, por discordar das decisões do governo, do controle do partido político e de sua candidatura presidencial. 

Fonte Gazeta do Povo

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