O presidente Donald Trump ordenou a abertura de uma ampla investigação contra funcionários de alto escalão do governo de Joe Biden para apurar o uso da “autopen” (assinatura automática) nas ações presidenciais.
O líder republicano pediu à procuradora-geral Pam Bondi que abrisse o caso na quarta-feira (4), sob o argumento de que os assessores da presidência anterior podem ter conspirado para esconder dos americanos o declínio cognitivo do ex-presidente democrata.
Trump destacou em um memorando que a pessoa que assume o cargo de liderança da Casa Branca tem um “enorme poder e responsabilidade” por meio dos atos que assina.
“Nos últimos meses, tornou-se cada vez mais evidente que os assessores do ex-presidente Biden abusaram do poder das assinaturas presidenciais por meio do uso de uma caneta automática para ocultar o declínio cognitivo de Biden”, escreveu Trump.
Ainda segundo o presidente, “essa conspiração marca um dos escândalos mais perigosos e preocupantes da história americana. O público americano foi propositalmente omitido de descobrir quem detinha o poder executivo, enquanto a assinatura de Biden era usada em milhares de documentos para efetuar mudanças políticas radicais”.
Trump justificou, por fim, que se o uso ilegal do poder presidencial for confirmado, “isso traria implicações para a legalidade e validade de inúmeras ações executivas tomadas em nome de Biden”.
O ex-presidente democrata rejeitou as novas acusações, dizendo que ele tomou as decisões conscientemente durante a gestão. “Qualquer insinuação de que não tomei decisões sobre perdões, decretos, lei e proclamações é ridícula e falsa”, afirmou Biden.
No mês passado, Biden anunciou um diagnóstico de câncer de próstata agressivo e com metástase óssea. Na ocasião, Trump questionou o motivo do assunto só ter sido divulgado recentemente.
Segundo a Associated Press (AP), o primeiro presidente americano a usar a “autopen” foi o democrata Barack Obama. O instrumento é usado para reproduzir assinaturas na Casa Branca.