Musk anuncia saída do governo Trump

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O empresário Elon Musk se despediu nesta quarta-feira (28) de seu cargo como funcionário especial do governo do presidente Donald Trump, após atuar por 130 dias à frente do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), criado para cortar desperdícios e modernizar a máquina pública dos Estados Unidos.

Em publicação no X, Musk agradeceu a Trump pela oportunidade e destacou que “a missão do DOGE só vai se fortalecer com o tempo, tornando-se um modo de vida em todo o governo”.

Nomeado para liderar o DOGE logo no início do segundo mandato de Trump, Musk liderou uma força-tarefa que implementou cortes e revisões em diversos setores do governo federal. Segundo dados divulgados pelo próprio DOGE, pelo menos 121 mil funcionários foram demitidos ou receberam propostas de rescisão nos primeiros cem dias da nova administração. As ações serviram como corte de gastos.

À frente do DOGE, Musk promoveu uma série de ações que resultaram em descobertas e cortes de gastos no governo federal dos Estados Unidos. Uma das operações mais emblemáticas foi a chamada “mina de previdência”, em que aposentadorias de servidores federais eram processadas manualmente em uma antiga mina subterrânea em Boyers, na Pensilvânia. No local, mais de 700 funcionários trabalhavam a 70 metros de profundidade, lidando com pilhas de papéis em condições consideradas ultrapassadas.

Outro foco da atuação do DOGE foi o encerramento de contratos relacionados a políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em agências federais. De acordo com a equipe de Musk, esses contratos consumiam mais de US$ 1 bilhão em recursos públicos e foram classificados como “desnecessários e ineficientes”. Entre as medidas, foram cancelados contratos de consultoria, bloqueados projetos de “gênero neutro” em documentos públicos e suspensas assinaturas premium de veículos como Politico e The New York Times.

A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) também passou por uma auditoria de seis semanas, resultando no corte de 83% de seus programas e na rescisão de mais de 5 mil contratos, segundo confirmou o secretário de Estado, Marco Rubio. O DOGE declarou que a economia chegou a US$ 6,5 bilhões. Entre os projetos eliminados estavam iniciativas de geoengenharia, programas culturais de viés progressista e subsídios a ONGs internacionais. Em publicação no X, o DOGE afirmou: “Bilhões de dólares estavam sendo usados para financiar uma pseudo-realidade fabricada globalmente”.

Apesar de críticas da oposição e da resistência de setores do funcionalismo público, a gestão de Musk foi marcada por resultados expressivos. Segundo dados do DOGE, as medidas já geraram uma economia de US$ 115 bilhões, o que equivale a aproximadamente US$ 700 por contribuinte americano. Em discurso no Congresso, o presidente Donald Trump agradeceu a Musk pela liderança no processo de reestruturação, destacando que o trabalho foi essencial para “reduzir gastos públicos” e fortalecer o compromisso com os contribuintes dos Estados Unidos.

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