O grupo terrorista Hamas executou quatro homens por acusações de que teriam saqueado caminhões de ajuda humanitária que entraram na Faixa de Gaza, informou a Reuters nesta segunda-feira (26).
Uma fonte ouvida pela agência britânica disse que os quatro homens teriam se envolvido em um incidente na semana passada no qual seis agentes de segurança, que seriam responsáveis pela guarda da ajuda humanitária, teriam sido mortos em um ataque aéreo israelense enquanto supostamente tentavam impedir que caminhões fossem roubados.
“Os quatro criminosos, que foram executados, estavam envolvidos nos crimes de saque e causaram a morte de membros de uma força encarregada de proteger caminhões de ajuda humanitária”, disse a fonte à Reuters.
Um grupo chamado Resistência Palestina, ligado ao Hamas, disse em comunicado que outros sete suspeitos estavam sendo procurados.
Na semana passada, após ter impedido desde março a entrada de ajuda humanitária em Gaza, como estratégia para pressionar o Hamas a libertar os reféns que seguem nas mãos do grupo terrorista, Israel voltou a permitir que caminhões entrassem no enclave.
O governo israelense sustenta que o Hamas desvia a ajuda humanitária que chega a Gaza e que os agentes de segurança que supostamente deveriam proteger os caminhões, na verdade, roubam as cargas.
Nesta segunda-feira, de acordo com a Reuters, o líder de um clã na região de Rafah (controlada por Israel), Yasser Abu Shabab, publicou nas redes sociais imagens de seus homens armados recebendo e organizando a logística de caminhões de ajuda humanitária.
Shabab foi acusado pelo Hamas de ter saqueado caminhões, mas ele argumenta que é um “líder local que se posicionou contra a corrupção e os saques” de cargas de ajuda humanitária.