EUA reforçam presença militar na Europa em meio à ameaça russa

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O governo dos EUA está ampliando sua presença militar na Europa diante da crescente ameaça russa no continente.

Isso pode ser percebido principalmente em uma ilha pacata da Suécia chamada Gotland, localizada a aproximadamente 300 quilômetros do território russo, onde membros das Forças Armadas americanas passaram a integrar mais ativamente os exercícios militares da Otan.

Recentemente, militares dos EUA e do Reino Unido se juntaram a tropas nórdicas e bálticas para exercícios com fogo real e saltos aéreos sobre o círculo polar ártico na Noruega, indicando possíveis cenários de guerra.

Além dos EUA, outros países localizados no continente também estão ampliando sua presença militar. Na semana passada, um pelotão britânico realizou um reconhecimento na área.

Dias depois, cerca de 100 paraquedistas do Reino Unido saltaram a 300 metros de duas aeronaves de transporte militar em um campo aberto, antes de realizarem uma nova ação de reconhecimento em uma floresta com o objetivo de proteger uma zona de pouso para aeronaves na ilha. 

No mesmo período, uma unidade de fuzileiros navais americanos treinava com um sistema de foguetes móveis, com capacidade de acionamento rápido em caso de guerra. No mesmo dia, esses mesmos fuzileiros navais já haviam passado pela Noruega e pela Finlândia com outros exercícios militares da Otan.

De acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ), Gotland é um dos locais mais estratégicos da Europa quando se pensa em um conflito direto com a Rússia. A ilha sueca é vista como um possível centro logístico e de controle das comunicações marítimas da Otan. Também é estratégica para ataques de longo alcance em solo inimigo.

No ano passado, o ex-chefe de Defesa sueco, Micael Bydén, afirmou que o ditador Vladimir Putin tem “os dois olhos” direcionados para a ilha.

O subchefe de operações do Exército dos EUA na Europa e África, o Brigadeiro-General Andrew Saslav, afirmou ao WSJ que, apesar da mudança na Casa Branca, com a chagada de Donald Trump em janeiro, “da perspectiva do Exército dos EUA”, suas ordens “não mudaram”.

“Embora a questão do futuro envolvimento dos EUA esteja em minha mente, já estou nisso há muito tempo para me concentrar demais em ventos políticos e mensagens que não sejam ordens”, afirmou, se referindo a possível mudanças nas ações miliares americanas no exterior.

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