China abastece máquina de guerra da Rússia

Notícias

O regime comunista da China tem colaborado de forma ativa com a máquina de guerra da Rússia, responsável por milhares de mortes e destruição na Ucrânia. Neste domingo (25), o chefe do Serviço de Inteligência Externa de Kiev, Oleg Ivashchenko, denunciou que há provas concretas de que Pequim fornece eletrônicos, maquinário, pólvora e produtos químicos a pelo menos 20 fábricas russas ligadas ao setor militar, ignorando os apelos internacionais por paz.

Segundo Ivashchenko, o apoio chinês ocorre por meio do fornecimento sistemático de componentes críticos, que chegam à Rússia através de mecanismos de camuflagem, como reetiquetagem e uso de empresas de fachada.

“Temos informação de que a China facilita maquinaria, produtos químicos especiais, pólvora e componentes especialmente desenhados para usos militares (pela Rússia)”, declarou o chefe da inteligência ucraniana em entrevista à agência Ukrinform.

Dados do serviço ucraniano apontam que, em 2025, cerca de 80% dos eletrônicos indispensáveis para a produção de drones russos são de origem chinesa. Além dos equipamentos para drones, investigações recentes identificaram remessas de materiais para o setor de aviação, como peças de reposição e documentação técnica, e pelo menos seis grandes entregas de produtos químicos usados na fabricação de armas.

De acordo com Ivashchenko, os itens enviados da China costumam ser camuflados por meio de “reetiquetagens, nomes enganosos e empresas de fachada”, dificultando o rastreamento e permitindo que os suprimentos cheguem ao setor militar russo mesmo sob sanções internacionais.

Essas revelações reforçam as acusações feitas pelo presidente Volodymyr Zelensky, que já alertava para a cooperação sino-russa em matéria de armas. Segundo Zelensky, além do fornecimento de pólvora e artilharia, Pequim também estaria contribuindo para a fabricação de armamentos dentro do próprio território russo.

A China, por sua vez, segue negando envolvimento no fornecimento de armas à Rússia. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do regime comunista, Lin Jian, declarou que Pequim “não só não fornece armas letais a nenhuma parte, como também controla estritamente bens de uso duplo” com potencial militar.

Apesar das negativas, a Ucrânia impôs sanções a empresas chinesas citadas na fabricação de mísseis para a Rússia, como os Iskander. Enquanto isso, Pequim tem evitado criticar publicamente a invasão russa e mantém relações comerciais que ajudam Moscou a contornar sanções do Ocidente. No último dia 9, o ditador chinês, Xi Jinping, reforçou essa proximidade ao comparecer ao desfile do Dia da Vitória em Moscou, em visita oficial.

A inteligência ucraniana vê no fornecimento de tecnologia e insumos chineses um dos principais fatores para o fortalecimento do arsenal russo e a prolongação do conflito. Autoridades de Kiev alertam que, sem o apoio estrangeiro, a capacidade militar da Rússia estaria seriamente enfraquecida.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *